Vermelho
Publicado em 17/01/2018 ás 08h53
"A
reunião teve como objetivo afinar nossas agendas para orientar nossas bases
para a ameaça de votação da proposta que reforma a Previdência Social e acaba
com a nosso direito à aposentadoria", externou o presidente nacional da
CTB, Adilson Araújo, ao final da reunião do Fórum das Centrais Sindicais,
ocorrida nesta segunda-feira (15), na sede da CTB (Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil).
A reunião
deliberou a participação das centrais em atos nos primeiros dias de fevereiro,
entre eles o ato nacional contra a reforma da previdência convocado pela
Anamatra. Clique AQUI e baixe cartilha
que explica o desmonte da Previdência.
Além da
luta em defesa do direito à aposentadoria digna, o Fórum também debateu a
resistência contra a onda conservadora que ataca severamente a democracia.
"Os sindicalistas se somam aos movimentos sociais nesta luta. A defesa da
democracia e das instituições são fundamentais para a edificação de uma
sociedade avançada e inclusiva", avaliou Fórum ao falar da importância da
campanha que defende o direito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de
ser candidato em 2018.
Campanha contra a propagando enganosa
De forma
unificada, as centrais (CTB, CSB, CUT, Força Sindical e Nova Central) indicaram
a elaboração de uma campanha para agitar as bases e denuncia o caráter
mentiroso da campanha do governo. "E vergonhosa a forma como o governo
tenta manipular a população em torno da viabilidade desta reforma",
afirmam as centrais.
Pela CTB,
além do presidente Adilson Araújo, participaram da reunião o vice-presidente,
Divanilton Pereira; o secretário-geral, Wagner Gomes; o secretário de Relações
Internacionais, Nivaldo Santana; o secretário de Formação, Ronaldo Leite; a
secretária da Juventude Trabalhadora, Luíza Bezerra.
Resistir a todo custo
"Renovamos
nossa orientação para as nossas bases. Resistir a todo custo deve ser o tom das
lutas em 2018. Toda a nossa base deve organizar e mobilizar os sindicatos
contra a Reforma da Previdência. Conclamamos todos setores organizados da
sociedade para marchar junto com o movimento sindical contra mais esse golpe
que pode acabar com nosso direito à aposentadoria. Resistir e intensificar a
pressão nas ruas, nas redes e no Congresso Nacional neste início de 2018 é
fundamental", ressaltou Adilson.
Na mesma
linha, o secretário-geral da CTB, Wagner Gomes, destacou a centralidade da
unidade na etapa atual da luta. "Não podemos nos deixar levar pelo
discurso da do governo propalado pela mídia. A unidade das centrais será
fundamental para enterrarmos mais uma vez essa reforma".
O
secretário-geral da Força Sindical, Carlos Gonçalves, o Juruna, alertou que
"a proposta enviada ao Congresso Nacional não tem o objetivo de combater
privilégios, como sugere a propaganda oficial. Vai retirar direitos, dificultar
o acesso e achatar o valor das aposentadorias e pensões dos trabalhadores e
trabalhadoras de todo o Brasil".
"Essa
reforma abre caminho para a privatização do sistema previdenciário, o que
contempla interesses alheios aos do nosso povo e atende sobretudo aos
interesses dos sistema financeiro", complementou o secretário-geral da
CSB, Alvaro Egea.
Orientação para as
bases
O Fórum das
Centrais indicou ampla agenda já nos primeiros dias de fevereiro.
No dia 01
de fevereiro as Centrais se somarão grande ato público nacional contra a
reforma da Previdência (PEC 287/16) e pela valorização e independência da
Magistratura e do Ministério Público, que foi convocado pela Anamatra e das
demais entidades que compõem a Frente Associativa da Magistratura e do
Ministério Público (Frentas). O ato em Brasília está marcado para às 14h.
Com o
objetivo de reforçar a pressão junto aos parlamentares, as Centrais indicaram
agenda de ação a partir do dia 02 de fevereiro, data em que serão retomados os
trabalhos do Congresso Nacional. As centrais vão se reunir com os presidentes
da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Também está previsto nos primeiros
dias de fevereiro reunião os líderes das duas Casas legislativas.
Reafirmando
o estado de mobilização permanente, as centrais indicaram que irão construir em
suas bases agendas para movimentar o país e preparar a classe trabalhadora para
uma eventual votação dia 19 de fevereiro.
"Como
em dezembro, seguiremos firmes com a nossa mobilização contra essa reforma. Não
é apenas a defesa de um direito, trata-se também da defesa de sobrevivência de
mais de 90 milhões brasileiros. A classe trabalhadora já mandou o seu recado -
Se colocar para votar, o Brasil vai parar! - e como em abril de 2017 vamos
trabalhar para construir a greve contra mais esse golpe", avisou o
presidente da CTB.
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